terça-feira, 30 de outubro de 2007

A questão das "Fundações" na prática...

Na prática, é assim abandonada toda e qualquer base financeira estável para que as instituições do Ensino Superior desempenhem o papel crucial para o país e para a formação das suas jovens gerações que a Constituição da República estipula (veja-se o seu art. 76º-1), a qual só pode ter como fundamento o Orçamento do Estado. É para isso que os cidadãos pagam os seus impostos. Substituir este financiamento regular e estável por “contratos plurianuais” (como se se tratasse de uma “prestação de serviço”) é deturpar completamente o carácter público das instituições do Ensino Superior, transformando-as em “empresas” viradas para a obtenção de lucros. É negar a função fundamental do Estado, a quem incumbe, também segundo a Constituição (art. 74º-2):
d) Garantir a todos os cidadãos, segundo as suas capacidades, o acesso aos graus mais elevados do ensino, da investigação científica e da criação artística;
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino.

2 comentários:

Anónimo disse...

A UAv (vers. "Second Life") também será convertida? Será que a AA-UAv (vers. "Second Life") também funcionará como uma dependência do largo do rato (vers. "Second Life") durante o processo?

Já era tempo dos estudantes (vers. "Second Life") correrem com quem, tendo relativa legitimidade democrática, não tem moral democrática para os representar.

...ou não fizesse o triste frete de defender o que o governo defende - leia-se, a retirada de estudantes dos órgãos de gestão e o fim do principio da participação democrática nos mesmos.

...na vers. "Second Life", leia-se também.

Anónimo disse...

"Seguiu-se a intervenção do presidente da Associação Académica, que começou por afirmar a urgência na necessidade de tornar a UA numa fundação de Direito Privado, assim como a cautela relativamente aos anunciados sistemas de empréstimos a estudantes no Ensino Superior."

(Diário Regional de Aveiro, 27/09/2007)

A "urgência" de acabar com a democracia nos órgãos de gestão da UAv contrasta apenas com a (submissa) "cautela" relativamente à liquidação da Acção Social Escolar e das bolsas estudo.

...tudo em nome dos estudantes da UAv, que democraticamente os elegeram, claro está.